Artigo: Mobilidade Urbana na Grande Aracaju!
Um tema que será fundamental na sucessão de 2024 e que precisa ser discutido com responsabilidade.
As cidades em todos os países enfrentam problemas, dos mais diversos. Aqui no Brasil, sem sombra de dúvidas, um tema que mais atinge a sociedade, especialmente nas de médio e grande porte, é a mobilidade urbana. Aracaju, a capital do estado é o polo que controla o sistema de transporte coletivo, dela, e de cidades vizinhas, Socorro, Barra e São Cristóvão, por conta do sistema integrado criado no século passado, e que já passou da hora de ser reformulado, a fim de que não só os atuais usuários do transporte coletivo tenham enfim, um sistema que possa atende-los com eficácia, mas que consiga atrair outras pessoas, que utilizam veículos particulares, permitindo assim, uma melhora na qualidade da mobilidade urbana.
Pelo tamanho geográfico da grande Aracaju, não é razoável que alguém utilize-se de um veículo particular para deslocar-se por cinco, ou 10 quilômetros. É óbvio que se fosse oferecido um transporte coletivo eficiente, muitos se utilizariam deste para fazer esse deslocamento, de forma rápida e com um custo razoável.
Anotem: a próxima eleição para o comando da prefeitura de Aracaju será pautada por esse tema. Alguns irão apresentar “soluções” fáceis e que atrairão muitos eleitores, como é o caso, diga-se de passagem, necessária, de que a solução será a licitação. Aliás, alguns já apregoam como sendo a varinha mágica para resolver o colapso do sistema. A licitação não resolverá o problema! É preciso encarar o problema real. O sistema não consegue resistir apenas e tão somente com o pagamento das passagens pelo público que utiliza, e não estou falando das “gratuidades”. É fato! Manter o transporte coletivo não é barato e é preciso que o poder público, assim como investe recursos na educação e na saúde, precisa investir no transporte coletivo, através de subsídio.
Maceió, nossa mais próxima capital vizinha, com praticamente o mesmo contingente populacional, está aí para nos ensinar. Lá não há sistema integrado, no mesmo modelo que há em Aracaju, onde um usuário pega um ônibus em São Cristóvão, passa por Aracaju, e vai até Nossa Senhora do Socorro, pagando apenas uma passagem.
Ou discutiremos esse tema com seriedade, prioridade, ouvindo a todos que compõem o sistema, ou ficaremos sempre apontando culpados, e anunciando soluções mágicas, sem efetivamente resolver o problema, deixando a sociedade, os usuários e os não usuários, reféns de um grave colapso que já está atingindo a saúde mental de quem está dentro, ou fora do ônibus.
Marcos Aurélio
Formado em Administração de Empresas, com especializado em Marketing e Radialista.